segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Poema IV

Sobra-nos o Fausto,
Pseudo falso cadafalso.
Esvaece a História,
Em sonetos desconstruídos,
No desconhecido sem paixão.

Sobra-nos a dor do cabresto,
Gargalhada e pranto.

Na vila dos destituídos...
Colocaram prédios.
Obrigado meu deus!

E nessa agimos,
Sem amantes,
Cem amores que repousam,
Que não mais me lembro,
Mas era amor -
Eu acho.

Vivemos com a poeira nos olhos
Na pueril versatilidade,
Em abstrata consonância,
Com ávido desejo
Da eterna lembrança.
Aquela!
Do poeta e sua arma,
Que matou a dor no peito,
Não com facadas,
Mas com a paixão
Do coração com a bala.

Resta-nos a esperança,
De morrer sadios de espírito,
Tristes,
Obesos,
Obstruídos,

E donos de pensão...
A dependência das almas.

Um comentário:

Lari skuld disse...

E nessa agimos,
Sem amantes,
Cem amores que repousam,
Que não mais me lembro,
Mas era amor -
Eu acho.

adorei essa parte...

realmente vivemos com poeira nos olhos