segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Poema III

Decanto e desonro,
Se é flácido,
É fogo que faço.
Fácil como a lua
Por um fio dependurada.
As estrelas?
Claro, ancestrais que repousaram.
Deus afaga a morte,
E arma o forte.
Ainda
A Sorte do Pater,
A Sorte do Rico,
A sorte do Padre.
Talvez falta-me crases.

Não devia depender de minhas palavras,
Não devia depender.
A não ser do que lhe faz homem,
Como a amante sobre a cama,
O vinho sobre o piso,
E sobre você?
Queres um santo,
Um rebanho,
Ou mesmo a amante?
Não vale tanto.
Mulheres te amaram,
E conhecia apenas o vinho.
O vinho lhe embebedou,
Enquanto sozinho se adorava.
Fizeste do amor seu silício,
E no silêncio - chorou.
Sangrou-se por dentro,
Como o suíno e o açougueiro,
Então nu se viu no espelho,
E ao mundo inteiro deu seu amor .
Era o frentista da Prudente de Morais,
O cozinheiro da Arthur Bernardes,
O mendicante e o obreiro.

Era simplesmente o revolucionário...
Descansando da batalha.

Nenhum comentário: