domingo, 30 de novembro de 2008

O Mundo

Mundo de estupros capitalizados, ao saciar jovem velho, o sonho imperante da satisfação disfarçada de sexualidade. Quem te fez assim, cambaleante mundo? Os seus filhos que lhe deixaram, o sonho que deixou os homens ou o mundo que deixou os sonhos? Morfeu que me desculpe, mas a insanidade tomou conta das fantasias noturnas e a noite é um templo do vazio. E de tão vazio percebemos a solidão esquizofrenica, as visões próximas donde não há lugar de se destinguir realidade e loucura, muito menos ao contrário. Andamos tontos pelos labirintos, nos perdemos em nossa capacidade, e se tornou mais fácil acender fogueiras e descansar um pouco pela eternidade que suprimir a carnalidade pelas ficções hoje estranhas. Estranhos! Somos estranhos na sonambolidade da existência. Presença e presente é o que temos hoje, e com eles nem mesmo o fogo dos gravetos podem ser obras nossas. Não temos poetas e artistas, temos cavernas, machos alfas e ninfas cadeirantes, e alguns poucos, muito poucos, amantes, mesmo que profissionais. A sombra assolou a Terra e a Terra assolou a sombra.